O INSTANTE DO DESENCARNE. Soçobra nas vestes translúcidas da pseudanálise humana, tormentos ainda
pouco estudados e analisados com o devido respeito pelos atuais e dignos estudiosos dos assuntos referentes ao instante da morte física.
Rumores assombram a multidão, com informações tão inconsistentes quanto o rastro que deixaram de suas queixas e insatisfações por suas curtas vidas.
Quando o turbilhão de sentimentos acumulados por tanto tempo é eclodido no ápice da passagem, o que de fato veremos?
Sentiremos? Ouviremos?
Bastará uma frase sem sentimento o suficiente para produzir direito de inclusão na atmosfera celeste?
ou mesmo ritos caríssimos e sustentados pela fé da massa que almeja jesus?
No fulcro da passagem, a sublime porta que se segue é simples, áurea ou enegrecida, pacífica ou tormentosa, e depende diretamente das escolhas e registros emocionais e da atitude que sob o exercício das experiências vivenciais lhe foram facultadas.
Aprendemos a falar outros idiomas, dissecamos o vaso somático, olhamos para
distâncias inacreditáveis pelo espaço, nos acostumamos com a verdade inexorável da micro visão dos seres milhares de vezes menores que nós… mas, ainda achamos que o universo foi feito só para nosso deleite.
Criamos base sólida nas atividades da sobrevivência e manutenção do corpo doado por Deus, mas, pouco ainda estamos fazendo para alimentar a alma…
Miríades em exemplares vivos da singela mudança interior pudemos divisar através dos tempos.
Mas, sob a permissão de Jesus, vemos sentados em seus dignos lares, miríades de famílias envoltas na realidade dos produtos vendidos e análises vivenciais fortuitas e sem força no dia-a-dia dos mesmos que as compram como verdades.
O instante do desenlace é essencialmente a despedida do corpo físico e o encontro de tudo que plantamos em vida.
Convido-vos a se entregarem ao sentimento cristão da caridade, ao ciclo vantajoso da troca de valores insubstituíveis oriundos dos exemplos sinceros.
Atentemo-nos a sermos melhores.
Elucubremos o amistoso convívio com os outros.
Arrojemos na labuta do bem.
Sociabilizemo-nos na arte da vigília contínua.
Preocupemo-nos em amar.
Amemo-nos, sempre !
Eis a bússola para um bom desencarne.
Autor(a): Aurora de Oliveira. Médium: Fernando Ben.