Psicografia de MARIELLE FRANCO

Psicografia de MARIELLE FRANCO

Psicografia de MARIELLE FRANCO

 

V – Desenvolvimento da Psicografia
Mais tarde reconheceu-se que a cesta e a prancheta nada mais eram do que apêndices da mão, e o médium, tomando diretamente o lápis, pôs-se a escrever por um impulso involuntário e quase febril. Por esse meio as comunicações se tornaram mais rápidas, mais fáceis c mais completas:

é esse hoje, o meio mais comum, tanto que o número de pessoas dotadas dessa aptidão é bastante considerável e se multiplica dia-a-dia.

A experiência, por fim, tornou conhecidas muitas outras variedades da faculdade mediúnica, descobrindo-se que as comunicações podiam igualmente verificar-se através da escrita direta dos Espíritos, ou seja, sem o concurso da mão do médium nem do lápis.

Verificado o fato, um ponto essencial restava a considerar:

o papel do médium nas respostas e a parte que nelas tomava, mecânica e espiritualmente. Duas circunstâncias capitais, que não escapariam a um observador atento, podem resolver a questão.

A primeira é a maneira pela qual a cesta se move sob a sua influência, pela simples imposição dos dedos na borda;

o exame demonstra a impossibilidade de um médium imprimir uma direção à cesta.

Essa impossibilidade se torna sobretudo evidente quando duas ou três pessoas tocam ao mesmo tempo na mesma cesta; seria necessário entre elas uma concordância de movimentos realmente fenomenal;

seria ainda necessária a concordância de pensamentos para que pudessem entender-se sobre a resposta a dar. Outro fato, não menos original, vem ainda aumentar a dificuldade.

É a mudança radical da letra, segundo o Espírito que se manifesta e a cada vez que o mesmo Espírito volta, repetindo-a. Seria, pois, necessário que o médium se tivesse exercitado em modificar a própria letra de vinte maneiras diferentes, e sobretudo que ele pudesse lembrar-se da caligrafia deste ou daquele Espírito.

A segunda circunstância resulta da própria natureza das respostas, que são, na maioria dos casos, sobretudo quando se trata de questões abstraias ou científicas, notoriamente fora dos conhecimentos e às vezes do alcance intelectual do médium.

Este, de resto, geralmente, não tem consciência do que escreve e por outro lado nem mesmo entende a questão proposta, que pode ser feita numa língua estranha ou mentalmente, sendo a resposta dada nessa língua. Acontece, por fim, que a cesta escreve de maneira espontânea, sem nenhuma questão proposta, sobre um assunto absolutamente inesperado.

As respostas, em certos casos, revelam um teor de sabedoria, de profundeza e de oportunidade, pensamentos tão elevados e tão sublimes, que não podem vir senão de uma inteligência superior, impregnada da mais pura moralidade.

De outras vezes, são tão levianas, tão frívolas e mesmo tão banais que a razão se recusa a admitir que possam vir da mesma fonte.

Essa diversidade de linguagem não se pode explicar senão pela diversidade de inteligências que se manifestam.

Essas inteligências são humanas ou não?

Esse é o ponto a esclarecer e sobre o qual se encontrará nesta obra a explicação completa, tal como foi dada pêlos próprios Espíritos.

Eis, portanto, os efeitos evidentes que se produzem fora do círculo habitual de nossas observações; que não se passam de maneira misteriosa mas à luz do dia; que todos podem ver e constatar;

que não são privilégio de nenhum indivíduo e que milhares de pessoas repetem à vontade todos os dias.

Esses efeitos têm necessariamente uma causa e, desde que revelam a ação de uma inteligência e de uma vontade, saem fora do domínio puramente físico.

Muitas teorias foram formuladas a respeito.

Passaremos a examiná-las dentro em pouco e veremos se podem tornar compreensíveis todos os fatos produzidos.

Admitamos, por enquanto, a existência de seres distintos da Humanidade, pois é essa a explicação dada pelas inteligências, e vejamos o que eles nos dizem.

Deixe um comentário

Rolar para cima